Como deixar de ser ciumenta?

Como deixar de ser ciumenta?

Ninguém quer sair por aí carregando o rótulo de ciumenta, mas às vezes você não sabe o que fazer com a insegurança e a ansiedade no seu relacionamento. Estes sentimentos são normais, no entanto é preciso ter cuidado para não deixar eles assumirem o controle.

Eu já recebi algumas clientes perguntando como deixar de ser ciumenta, e a maioria delas não conseguia entender porque estava agindo dessa forma. Muitas nem se percebiam como ciumentas, até ouvir isso algumas vezes e entender que talvez passando um pouco (ou muito) dos limites.

Nesse artigo eu te mostro um pouco do que aprendi com as histórias delas, para que você também entenda como deixar de ser ciumenta, ou ao menos como deixar de ser controlada pelos ciúmes. Vamos conversar sobre a origem desse sentimento, os efeitos negativos que ele pode ter, e algumas ações para viver os seus relacionamentos com mais segurança?

Tem como deixar de ser ciumenta?

Você pode tentar o quanto quiser, mas não há como deixar de ser ciumenta apenas com a força de vontade. Talvez na superfície o seu comportamento mude, e você pare de agir como uma pessoa ciumenta, mas a gente sabe que lá no fundo aquela vozinha fica corroendo os seus pensamentos, mandando você investigar uma desconfiança.

Isso acontece porque o ciúme não é apenas um capricho ou uma teimosia sua. Ele tem raízes muito mais sólidas na sua personalidade, e a origem muitas vezes está lá na infância.

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A primeira vez em que você sentiu ciúmes

Quando você ainda era uma criança, viveu seu primeiro triângulo amoroso. Em torno dos 5 anos, toda criança imagina que vai fazer um par com o pai ou a mãe. Você até pode ver algumas falando que vão casar com o papai ou a mamãe quando crescerem. Esse é um amor puro, infantil, criado pela descoberta de que a maioria das pessoas tem seus próprios pares.

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A dinâmica é tão forte que acontece até mesmo quando o familiar não está presente. Se o pai faleceu ou abandonou a família, por exemplo, a filha pode criar em sua mente um par com as histórias sobre ele.

O “problema” é que essa pessoa já formou um par, e a criança percebe isso. Em sua forma de ver o mundo, ela perdeu uma disputa (mesmo que na visão dos familiares essa competição nunca tenha existido). Por não ter os recursos emocionais para encarar a situação, a criança registra o momento como uma dor, uma exclusão ou até mesmo traição.

É claro que todos nós somos um pouco diferentes, e a importância desse fato não será a mesma para cada pessoa. Em alguns casos, no entanto, ele é tão marcante que afeta toda a nossa identidade, e até mesmo o nosso corpo.

Saiba mais: você pode aprender mais nos artigos sobre traço de caráter rígido, o grupo de pessoas que mais sofre com essa dor, e sobre os 5 traços de caráter, onde apresentamos essa e outras forças capazes de moldar a nossa personalidade.

Sua resposta à dor

Quem vive o impacto desse momento com mais intensidade cria uma resposta emocional muito simples. A pessoa tende a ser mais competitiva, tanto nos relacionamentos quanto em outras áreas da vida, porque ela não quer ser trocada – nunca mais!

Saber que está perdendo terreno – seja no amor, numa amizade ou no trabalho – vai despertar todos os alertas de perigo, pois a sua mente é aterrorizada pela ideia de reviver o “segundo lugar”.

O mundo é visto de uma posição triangular, existindo você, a pessoa amada e a sombra de alguém mais, mesmo quando essa ameaça é irreal.

A pessoa ciumenta também costuma formar seus próprios triângulos e se dividir entre duas opções: a família e o namorado, a carreira e a relação, ou o trabalho e a maternidade, por exemplo. Esse comportamento tem uma explicação: se ela sente que uma área está “em perigo”, pode saltar do barco e se dedicar à outra antes que alguém tenha a chance de trocá-la.

Esse é um modo complexo de viver, pois ao mesmo tempo em que você se divide para evitar a dor, sente que está aumentando as chances de ficar para trás em alguma das suas competições, por não entregar a devida atenção ao assunto.

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Viver “triangulando” também contribui para o medo de perder, porque faz a sua mente imaginar que a outra pessoa vê o mundo dessa forma. Isso é algo normal, e independe dos ciúmes – cada pessoa tende a acreditar que todos pensam e agem como ela.

É pela soma de todos esses fatores que você está aqui, tentando descobrir como deixar de ser ciumenta. Também é graças a todos eles que a resposta não é tão simples quanto as outras pessoas acreditam. Eu sei que você está tentando o seu melhor, e quero te ajudar com esse desafio!

Como deixar de ser ciumenta: 3 dicas para se libertar

Fica tranquila, porque existe um caminho!

1) Resolva o seu passado

Talvez você tenha vivido uma experiência negativa, de traição ou abandono, e isso contribuiu para a sua insegurança. Não tem como deixar de ser ciumenta carregando esse peso para novas relações, e será preciso “fechar” as histórias do passado para criar seu presente.

É importante reforçar a certeza de que as ações da outra pessoa não tiveram a ver com você. Ela agiu assim por culpa das próprias questões, e você certamente não foi a primeira ou a última pessoa a sofrer com os erros dela.

O seu valor está acima do que aconteceu, e é esse valor que você precisa levar para o relacionamento atual. Na prática, mudar esses pensamentos pode não ser tão simples, e nesse caso você sempre pode buscar ajuda por meio de um processo, e o primeiro passo é a análise corporal.

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2) Abra o jogo

Essa é uma das atitudes mais difíceis para uma pessoa ciumenta, mas também é uma das mais necessárias. A confiança na sua relação não vai surgir do nada, e é preciso construí-la. Falar o que sente, quais experiências contribuíram para isso, e como você acha que o seu par pode te ajudar é fundamental para lidar com qualquer questão importante no relacionamento. Chega de ter um relacionamento infeliz por não se abrir.

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Ao invés de tentar obrigar a outra pessoa a agir da maneira que você deseja, explique porque isso importa para você. As chances de encontrar uma solução positiva, que acalme as suas emoções sem fazer o seu par se sentir controlado, são muito maiores dessa forma.

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3) Encontre e valorize as suas qualidades

Não é errado afirmar que quanto mais segurança, menos ciúme, e valorizar as nossas qualidades é uma forma simples de confiar em nós mesmas. É hora de abandonar a Síndrome do Impostor (pois é, ela também acontece nas relações!) e olhar com carinho para o que você entrega às pessoas na sua vida.

Não tenha medo de ouvir elogios nem de valorizar as suas próprias conquistas, afinal você batalhou por elas e mereceu tanto quanto qualquer pessoa. Essa é uma mudança fundamental, porque quando você passa muito tempo competindo com o mundo passa a enxergar cada qualidade das outras pessoas, e acaba ignorando as suas.

Não esqueça de fazer mais por você. Visitar os lugares que você gosta, se inscrever num curso ou desenvolver novas amizades são algumas formas de ampliar a sua visão sobre a vida, ao invés de passar os dias tentando encontrar uma prova mínima de que a sua relação está em perigo!

Por falar em ampliar a sua visão, também é preciso encontrar os outros pontos da sua personalidade. O ciúme pode ser um traço muito presente, mas com certeza ele não é o único, e o autoconhecimento vai te mostrar que você é muito mais!

A análise corporal vai te ajudar a entender melhor quais forças moldam o seu comportamento, e como usá-las para melhorar os relacionamentos, carreira, saúde e outras áreas importantes na sua vida.

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Luiza Meneghim

Especialista em desenvolvimento humano. Mentora de carreira e relacionamentos. Analista corporal. Membro fundador 027 do GPS.
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Luiza Meneghim

Especialista em desenvolvimento humano. Mentora de carreira e relacionamentos. Analista corporal. Membro fundador 027 do GPS.

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Uma resposta

  1. Adorei esse texto. Entendi muito sobre mim. Eu sou muito ciumenta e quero deixar de ser. Vou marcar a análise corporal com você em breve.

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