Dependência emocional: como dizer sim para minha própria vida?

Dependência emocional: como dizer sim para minha própria vida?

Você faz de tudo para agradar uma pessoa? Ou será que não consegue fazer nada com medo do que ela vai pensar? Estas são algumas formas da dependência emocional, um desafio que paralisa a vida de muita gente, e pode estar ligado aos seus traços de caráter de formas que você ainda nem percebeu!

O que é dependência emocional?

Aqui nós não vamos pensar na dependência emocional como uma doença ou um transtorno, mas um estilo de vida e pensamento no qual a sua felicidade depende de outras pessoas.

É claro que todos nós temos alguém importante, e desejamos agradar esse alguém. Podem ser os pais, a pessoa amada, os filhos, amigos queridos, e assim por diante. Isso é normal, e a dependência emocional não está aí.

Enfim, ela vai aparecer quando dedicamos tanto da nossa energia a essa(s) pessoa(s) que não sobra quase nada para cuidar da própria vida.

É o caso de ter projetos sempre adiados porque você está ajudando alguém a realizar os próprios sonhos. Também pode ser o medo de como essa pessoa vai se sentir caso você vá por um certo caminho.

Pense um pouco sobre as suas metas e sonhos. Podem ser grandes realizações como comprar uma casa nova, ou algo simples como cortar seu cabelo da maneira que sempre quis, por exemplo.

Você pode até anotar teus planos e projetos e olhar com calma para cada um. Agora reflita sobre o quanto você tem se dedicado a eles, e dê mais atenção aos que estão sendo deixados de lado. Olhe para cada um e pergunte: por que eu não estou indo em busca disso?

Responda com honestidade. Só você sabe o que está se passando na sua cabeça, então vá direto ao ponto e não invente desculpas para si mesmo! Você saberá que está sofrendo com a dependência emocional quando a resposta for algo do tipo:

  • Eu não estou indo em busca disso porque a minha mãe não deixa;
  • Porque o meu marido não vai gostar;
  • Porque preciso cuidar da minha sobrinha.

Em resumo, você saberá sempre que a resposta envolver alguma outra pessoa.

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E o que a dependência emocional tem a ver com os traços de personalidade?

Se você ainda não conhece os traços de caráter, eu vou te fazer um resumo. Eles são características da personalidade, mais ou menos intensas em cada pessoa. Os traços se formam desde a gravidez até os primeiros anos de vida, e cada etapa desse momento é responsável por um traço específico.

Nós vimos o assunto em detalhes, e eu vou deixar aqui os links onde você pode conferir a formação e as características de cada traço. Não se assuste com esses nomes. Eles são nomes científicos que foram mantidos desde a época de Freud.

Todo ser humano possui uma combinação única entre os cinco traços, e por isso cada um de nós é diferente. Algumas pessoas, no entanto, são mais influenciadas por alguns traços, e isso vai ter um papel determinante na forma como experimentamos diversos aspectos da vida.

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A dependência emocional não fica de fora. Como veremos, alguns traços tendem mais ou menos a esse desafio, que vai ter peso em todas as suas escolhas. Os problemas que falamos lá no começo são um reflexo dessas escolhas, e podemos resumir todos eles numa frase: a dependência faz você dizer não para a pessoa errada.

Você está falando sim para o que outra pessoa lhe pede, ou para o que ela acredita ser errado, e diz não para seus próprios objetivos e crenças. É uma perspectiva desequilibrada, que sempre conduz a sensações de cansaço, desânimo e apatia.

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Vamos descobrir como isso se reflete em cada traço?

Traço Esquizoide

O esquizoide não tende a sofrer de dependência emocional, pois passa boa parte do tempo em seus pensamentos e interage pouco com as outras pessoas. Quando ele percebe que o outro possui um problema, pode entrar imediatamente num modo “resolvedor” para ajudar alguém a resolver o que lhe machuca, mas de forma racional, que é uma de suas características mais fortes.

Esse traço é o primeiro a se formar, ainda na gestação, e costuma ser muito criativo. Por essa razão, quando o esquizoide não está lidando bem com o ambiente, ele vai buscar o mundo interno para resolver seus conflitos, incluindo questões ligadas à dependência emocional.

Pessoas com um traço esquizoide forte possuem formas longas e ossos marcados sob a pele em muitas partes do corpo, como ombros, cotovelos e cintura.

Traço Oral

Ao contrário do esquizoide, o oral costuma se envolver com muita profundidade nas suas relações, tornando-se mais propenso à dependência emocional. Uma característica evidente desse traço é o medo do abandono, que leva o oral a fazer de tudo para ter as pessoas amadas por perto.

É alguém que vai pagar a conta do amigo ou deixar de fazer uma viagem que a mãe desaprova, por exemplo. Não importa o tamanho do seu desejo, é melhor evitar que essas pessoas tenham raiva ou frustração e se distanciem. Também é normal ver um traço oral forte justificar erros de quem está ao seu redor, criando explicações para evitar conflitos.

A pessoa de traço oral predominante terá formas arredondadas, até mesmo nos braços, pernas e no rosto. Mesmo quando é alguém mais magro, não vai apresentar as formas alongadas e os ossos evidentes do esquizoide.

Traço Psicopata

Como suas relações sociais são baseadas na troca, esse traço não costuma ter uma dependência emocional forte, e sabe lidar com as pessoas sem ficar preso a elas. Isso não é necessariamente ruim, já que as relações podem ser construídas de uma forma vantajosa para os dois lados.

O traço psicopata é muito racional, e caso perceba que alguém está com um problema, pode considerar o que ganha ou perde ao ajudar. É alguém que pode estar cercado de pessoas, mas porque precisa delas para realizar seus objetivos, e não necessariamente por depender do contato em si.

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Suas formas corporais são mais triangulares: queixo pontudo, ombros largos e cintura fina são alguns indicadores comuns do traço psicopata.

Traço Masoquista

Esse é mais um traço com grande dependência emocional. Se o oral quer todos por perto, o masoquista quer ver todos bem cuidados, e vai fazer sacrifícios na própria vida para garantir que isso aconteça.

É comum ouvir que o traço masoquista não faz mal a ninguém, exceto a si mesmo, e a dependência emocional está na raiz desse comportamento. Pessoas com esse traço deixam um compromisso de lado para levar o sobrinho ao dentista, por exemplo, mesmo quando outra pessoa da família não tem nada para fazer.

Outra característica forte desse traço é conter as próprias emoções e não demonstrar seu sofrimento, até quando se torna impossível controlar e ele acaba explodindo, colocando tudo pra fora.

Por conta da dependência emocional, mais uma vez, o traço masoquista pode ignorar ainda mais suas necessidades após esse episódio, acumulando ainda mais insatisfações e explodindo de uma forma ainda maior, num ciclo que não para de crescer e pode destruir suas relações.

Para completar, esse traço possui um medo constante de não superar as expectativas do outro, e se alguém importante falar que ele “nunca vai conseguir” as chances de não ir em busca do sonho se tornam enormes.

Suas formas corporais tem linhas quadradas, o corpo onde o traço masoquista predomina pode ter um queixo largo e pernas quase retas, que demonstram a força necessária para sustentar todo o peso emocional acumulado.

Traço Rígido

O rígido tem uma dependência emocional moderada, especialmente em relação ao pai (para as meninas) ou a mãe (para os meninos), pois esse traço se forma graças ao desejo de agradar para ser reconhecido e valorizado.

Ele “briga” com essa tendência, pois uma característica muito forte do traço é o desejo de não ficar preso a uma ou outra pessoa. O rígido precisa de opções e tem sempre um “plano b” para onde escapar. Dessa forma, podemos dizer que existe uma dependência emocional mediana – nem tão forte quanto no oral e no masoquista, nem tão distante quanto no esquizoide e no psicopata.

Perceber a dependência emocional nesse traço pode ser um pouco mais desafiador, pois o rígido pode estar fazendo algo que na superfície é para si, mas no fundo tem o objetivo de chamar atenção. Nesse caso, a pessoa vai estar conquistando algo para sua vida, mas continuará insatisfeita se os ganhos externos não se transformarem no verdadeiro objetivo.

As formas do traço rígido são as que mais se encaixam em nossos padrões de beleza, com curvas bem desenhadas que atraem o olhar de todos ao redor.

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Como se libertar da dependência emocional e dizer sim para sua própria vida?

Reconhecer a dependência emocional e quais as suas causas na vida de cada pessoa é apenas o começo. Nosso entendimento sobre a formação, as dores e as habilidades dos traços também deve ser aplicado para tomar o caminho inverso, e começar a dizer sim para nossa própria vida.

Uma mudança que será muito importante, em todos os casos, é construir um ambiente que nos ajude a encontrar nosso recurso. Ele é como um estado de bem-estar, e será alcançado de formas diferentes por cada traço.

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Já que estamos falando sobre dependência emocional, o fator mais importante para criar um ambiente favorável ao recurso são as pessoas e o nosso relacionamento com elas.

Você deve estar sempre se perguntando o seguinte:

  • Eu estou me dedicando a essa pessoa (que pode ser um par amoroso, uma amiga, ou um familiar) porque ela me faz bem ou porque ela preenche algum tipo de vazio?
  • O meu esforço pelo bem estar dessa pessoa é reconhecido de alguma forma?
  • Ela também demonstra se dedicar a mim, mesmo que de outras maneiras, ou esse relacionamento segue numa única direção?

Acalme os traços dependentes

Não devemos brigar com os nossos traços, pois em uma luta contra nós mesmos é impossível sair ganhando. A estratégia, aqui, é acalmar os traços com maior dependência emocional. Entenda o que eles precisam e entregue isso de formas que te permita avançar na vida, ao invés de ficar preso pela dependência.

Para ajudar nesse processo, eu vou dar uma dica sobre cada um:

Oral

Busque pessoas que estejam presentes de corpo e alma ao seu redor. Estar perto de alguém para suprir o desejo de contato pode trazer alguma satisfação imediata, mas também vai causar muita dor no longo prazo.

As pessoas mais importantes da sua vida devem ser suas companheiras – em todos os sentidos que essa palavra carrega. Nem todas vão demonstrar afeto na mesma escala (afinal os outros também tem os próprios traços!) mas elas precisam ser pessoas que incentivam você a ter experiências prazerosas e também demonstram desejo pela sua presença.

Masoquista

Você pode cuidar de alguém que valoriza o seu esforço e o seu carinho. Tente perceber a diferença entre pessoas que dividem os problemas delas e não se preocupam com os teus. Evite pessoas que só estão jogando cargas emocionais nas suas costas, mas nunca têm um ombro amigo ou uma mão estendida quando você precisa.

Rígido

Busque a atenção de quem vai valorizar as suas conquistas. Os seus amores e amizades devem ser pessoas que fazem você sentir o seu próprio brilho mesmo quando as coisas não estão dando muito certo. O seu esforço para ir mais longe, conquistando títulos, posições e bens, não precisa ser usado para “correr atrás” de uma pessoa, quando existe outra pronta para correr junto com você.

Luiza, me ajuda com a dependência emocional?

Quer ir além de um conselho para entender profundamente os seus traços, aprender mais ferramentas para se livrar da dependência emocional e falar sim para sua própria vida? O primeiro passo para tudo isso é agendar a sua Mentoria Gratuita dos traços de caráter.

Será um encontro de aproximadamente uma hora, onde você vai entender quais traços estão mais evidentes no seu corpo. Enfim, você vai conhecer os teus pontos fortes e os desafios e aprender a usar o que você tem de melhor para nunca mais se prender a ninguém pelos motivos errados!

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Luiza Meneghim

Luiza Meneghim

Especialista em desenvolvimento humano. Mentora de carreira e relacionamentos. Analista corporal. Membro fundador 027 do GPS.
Luiza Meneghim

Luiza Meneghim

Especialista em desenvolvimento humano. Mentora de carreira e relacionamentos. Analista corporal. Membro fundador 027 do GPS.

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